Coreias assinam declaração de paz conjunta

Na declaração de paz conjunta das duas Coreias, assinada no termo da cúpula pelos líderes do Sul e do Norte, é indicado que na península coreana não haverá mais guerra e que começa uma nova época.
Sputnik

Conforme a declaração conjunta de Moon Jae-in e Kim Jong-un, os dois países asiáticos acordaram em realizar negociações com os EUA e a China para substituir o armistício atual por um  tratado de paz.

Após negociações intercoreanas, Rússia intensificará cooperação com Pyongyang
De acordo com Im Jong-seok, porta-voz do presidente sul-coreano, "durante as negociações os dois líderes tiveram um diálogo franco sobre a desnuclearização da península da Coreia, a construção de uma paz duradoura e as direções de desenvolvimento das relações entre o Sul e o Norte".

Segundo o documento, Pyongyang e Seul cessam as ações hostis mútuas, que podem ser causa de confrontos em terra, no mar e no ar.

Além disso, a declaração estipula que os dois países prometem alcançar a desnuclearização completa da península, bem como reduzir gradualmente as armas para estabelecer a confiança e baixar as tensões militares.

"O Norte e o Sul vão procurar a melhoria completa e abrangente, bem como o desenvolvimento das relações, aproximando assim a futura prosperidade conjunta e a reunificação", afirma-se na declaração.

Um dos pontos fulcrais da declaração é a retoma do acordo sobre as famílias separadas entre o Sul e o Norte.

'Não vou mais interromper seu sono', diz Kim Jong-un para presidente da Coreia do Sul
Durante a reunião com o líder sul-coreano, o líder da Coreia do Norte sugeriu que sejam realizadas cúpulas regularmente, confirmou o porta-voz sul-coreano aos jornalistas.

"Vamo-nos encontrar com mais frequência. Vamos construir um mundo melhor", citou Im Jong-seok o líder norte-coreano.

Por sua vez, Moon Jae-in, entre outras propostas, avançou a ideia de juntar as ferrovias das duas nações.

Os líderes também trocaram convites para visitar as suas capitais, disse Im Jong-seok, adicionando que Moon Jae-in expressou interesse em visitar o monte sagrado Paektu, na Coreia do Norte.

A presente cúpula é o terceiro encontro desde o fim da guerra coreana de 1950-1953. Foi realizada na parte sul da zona desmilitarizada, mas o presidente sul-coreano pisou por breves momentos o território do Norte, quando se encontrou com o seu homólogo na sexta de manhã (27).

Comentar