Durante a audiência, Rodchenkov afirmou que não sabe quem e como foi realizado o fornecimento do coquetel de esteroides Dyushes aos atletas em competições no exterior ou nos treinos na Rússia.
O informante da WADA se confundiu em seu testemunho quanto ao conteúdo do coquetel (assim, no relatório da comissão independente liderada por Richard McLaren, os autores mencionaram metasterona, quanto Rodchenkov afirmou que tal medicamento nunca existiu na Rússia, e que o relatório de McLaren contém um erro tipográfico).
Além do mais, falando sobre alegado armazém com amostras de urina "limpa", Rodchenkov admitiu nunca ter participado do recolhimento de amostras "limpas" e nunca foi testemunha da entrega de tais amostras pelos esportistas.
O informante da WADA indicou também que não dispõe de provas da interferência dos atletas russos ao procedimento de controle de doping e ao conteúdo das amostras de doping. Porém, Rodchenkov afirmou ter sabido que a maior parte das amostras foi entregue por Velokodny em sacos plásticos.
Em novembro de 2015, depois de a WADA ter suspendido o trabalho do laboratório antidoping de Moscou, Grigory Rodchenkov se demitiu e, em janeiro de 2016, emigrou para os EUA. Posteriormente, ele comunicou ao The New York Times sobre o alegado "programa de doping" da Rússia, o que desencadeou um grande escândalo internacional.
Posteriormente, o COI reconheceu culpa de 43 esportistas russos por terem violado as regras antidoping, anulando seus resultados e afastando-os internamente de participação das Olimpíadas.
Mais tarde, o CAS foi a favor completamente das apelações de 28 atletas russos e parcialmente de 11 apelações restantes.