Proposta de Trump a favor de petroleiras pode causar novos desastres nos EUA

O movimento do governo Trump para reverter as regulamentações de segurança de perfuração offshore, promulgadas após a catástrofe do derramamento de petróleo de 2010 da BP Deepwater Horizon, é imprudente e pode levar a outro desastre, informou o Centro de Diversidade Biológica em um comunicado à imprensa.
Sputnik

"Os trabalhadores e a vida selvagem pagarão um preço terrível se esses desmantelamentos forem finalizados", disse Kristen Monsell, diretora do Centro para a Diversidade Biológica do Oceano, no comunicado divulgado nesta sexta-feira.

"O próximo desastre de petróleo no mar é inevitável, especialmente se a administração Trump continuar ignorando as lições da [plataforma] Deepwater Horizon", emendou.

Anteriormente, o Escritório de Execução Ambiental e Segurança anunciou que havia submetido uma proposta ao Registro Federal para reduzir os regulamentos de segurança que sobrecarregam as operações de perfuração offshore, devido às provisões da Regra de Prevenção de Ruptura de Sistemas e Controles.

O presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu em abril a Ordem Executiva 13795, que trata da "Implementação de uma Estratégia de Energia Offshore América-Primeiro", orientando o Departamento do Interior a reconsiderar os Sistemas de Prevenção de Sopro e Regra de Controle de Poço e a Regra de Perfuração Ártica, em uma tentativa de reescrever os padrões de segurança favor dos interesses da indústria.

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A regra original de segurança do controle de poços foi promulgada após o massivo derramamento de petróleo de abril de 2010 da plataforma Deepwater Horizon — no qual 11 pessoas foram mortas e outras 17 feridas e 210 milhões de galões de petróleo acabaram derramados no Golfo do México — para evitar tais catástrofes no futuro.

Monsell explicou que os regulamentos adotados após as falhas catastróficas da petroleira British Petroleum no Golfo do México não foram fortes o suficiente para começar, acrescentando que "rescindir essas regras é imprudente além das palavras".

As mudanças propostas eliminariam ou emendariam várias disposições da regra focada no padrão para prevenção de rompimentos, dispositivos usados para monitorar e selar poços de petróleo e gás quando as operações dão errado, disse o comunicado.

As mudanças propostas também eliminariam o requisito que a repartição usa para certificar terceiros que inspecionam equipamentos de segurança offshore e permitem à indústria maior flexibilidade no uso de monitoramento em tempo real de operações de perfuração em águas profundas, acrescentou a publicação.

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