Poderia Qatar substituir tropas dos EUA na Síria como exige Arábia Saudita?

O ministro das Relações Exteriores saudita, Adel Jubeir, declarou que o Qatar deveria enviar tropas à Síria para "pagar" pela proteção militar que recebe dos EUA. A Sputnik Internacional conversou com o professor Birol Baskan para saber até que ponto esta declaração corresponde à realidade.
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Conforme o professor da Universidade de Georgetown, essa declaração representa mais um ataque verbal ao Qatar. "Não acho que o Qatar possa substituir os EUA na Síria, porque o exército do Qatar é muito pequeno, possui no máximo 13.000 homens. Não creio que o exército qatarense possua o potencial necessário para combater no norte da Síria", declarou Birol Baskan.

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Segundo o analista, terceiros países não devem pagar pela presença dos EUA na Síria, como exige o presidente norte-americano, Donald Trump.

"Não penso que os países devam pagar uns aos outros, isso é suborno e é pouco diplomático. O presidente Trump diz que a Arábia Saudita e outros países do golfo Pérsico devem pagar aos EUA. […] A Arábia Saudita e outros países já compram armas norte-americanas em grandes quantidades, por isso não acho que possam oferecer mais aos Estados Unidos pela presença destes no Oriente Médio. Esperar isso é completamente absurdo", ressaltou.

A Arábia Saudita adverte que o governo do Qatar seria derrubado em uma semana se Washington fechasse a base militar que tem nesse país.

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"Não vejo nenhuma razão para os EUA fecharem a sua base no Qatar ou na Turquia, ao menos no futuro próximo. Mesmo se isso acontecer, não acredito que o regime no Qatar caia, como espera a Arábia Saudita", sublinhou o especialista.

Birol Baskan acha pouco provável que o Qatar, provocado do exterior, se levante contra o seu próprio governo.

No início de abril, Donald Trump sugeriu que a Arábia Saudita devesse pagar se quiser que os militares norte-americanos mantenham a sua presença na Síria. Duas semanas mais tarde, o presidente dos EUA afirmou que outros países também têm que se envolver no conflito e pediu que os outros líderes enviem seus soldados à Síria.

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