Na segunda-feira (3), o premiê de Israel afirmou em discurso divulgado na televisão que os agentes do serviço de inteligência israelense Mossad, obtiveram arquivos provando que o Irã possui um projeto nuclear militar apelidado de "Projeto Amad".
As afirmações de Netanyahu surgiram menos de 60 dias depois que ele foi interrogado pela polícia israelense no âmbito da investigação de um caso de corrupção que teria envolvido o premiê, o terceiro deste tipo aberto em menos de dois anos.
Para militares iranianos, o incidente ressaltaria o papel de Israel na manipulação das polícias norte-americanas para empurrar os EUA a uma guerra com o Irã que Israel poderia iniciar, mas não terminar, opinou Freeman.
"Os iranianos vão perceber as artimanhas de Netanyahu como evidência adicional do medo quase psicótico que Israel tem do Irã, que retrata muito o sucessor da Alemanha Nazista como um inimigo implacável dos judeus", notou o diplomata.
"Dessa forma, isso aumentará o medo da guerra no golfo Pérsico […] e o Irã desfrutará do aumento do preço do petróleo", argumentou Freeman.
Atualmente, Chas Freeman é diretor do Conselho Atlântico e atuou como chefe da Missão dos EUA e Encarregado de Negócios nas embaixadas norte-americanas em Pequim e Bangkok. Freeman também ocupou vários cargos de alto nível no Departamento de Defesa dos EUA.