Chanceler russo: jihadistas estão sendo treinados em área síria controlada pelos EUA

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que na área síria de Al-Tanf, controlada pelos EUA, estão sendo treinados jihadistas.
Sputnik

O chanceler russo informou sobre "coisas estranhas" que estão acontecendo na região da base de Al-Tanf e do acampamento de refugiados Rukban.

"Estão acontecendo coisas muito estranhas, incluindo preparações dos militantes para que continuem as ações militares contrariando os acordos de cessar-fogo", disse Lavrov em uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo da Jordânia, Ayman Safadi.

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Na área de Al-Tanf está localizada uma das bases militares estadunidenses na Síria, onde as forças de oposição armada síria são treinadas e equipadas. O acampamento de Rukban se localiza na "zona de segurança" perto da base norte-americana em Al-Tanf, que foi instalada em abril de 2017 sob pretexto de combater o terrorismo sem autorização do governo sírio.

Além disso, de acordo com uma fonte, perto de outra base norte-americana na Síria, na província de Deir ez-Zor, está sendo preparada a nova provocação de "ataque químico" com ajuda das forças especiais dos EUA.

"As forças de segurança dos EUA estão planejando provocações na Síria com uso de substâncias proibidas. A operação é liderada por um ex-militante do Daesh [grupo terrorista proibido na Russia], Mishan Idris Hamash. O objetivo é encenar um ataque químico contra os civis para depois espalhar a notícia na mídia", afirmou à Sputnik uma fonte ligada aos serviços secretos da Síria.

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As preparações começaram em 23 de abril com os civis sendo transferidos para o território perto do campo de petróleo Jafra, para que participem da encenação.

Em novembro de 2017, o Centro Russo de Reconciliação na Síria informou que ao fecharem uma zona de 55 quilômetros em torno de sua base em Al-Tanf, os EUA isolaram mais de 50 mil refugiados, que precisam de ajuda humanitária.

No mesmo mês, a Rússia propôs ao comando das forças estadunidenses em Al-Tanf para conjuntamente garantir ajuda humanitária aos refugiados. A coalizão, liderada pelos EUA, concordou, mas depois afirmou que não tinha recebido autorização das autoridades sírias quanto a isso.

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