Juntamente com Israel, o presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu repetidamente o JCPOA como o pior acordo da história dos EUA e agora enfrenta um prazo final de 12 de maio para decidir se Washington continuará ou não como parte do acordo nuclear.
"Pressões desse tipo podem forçá-los a reconsiderar a ideia de possuir armas nucleares e campanhas subversivas na região, então eu insisto: vamos pressionar o regime agora", disse o ex-ministro em entrevista à Sputnik.
Yaalon disse que o JCPOA era "ruim e deveria ser revisto", e que as sanções contra o Irã são "necessárias", pois, segundo Israel, os iranianos estavam fornecendo armas para os houthis no Iêmen e desenvolvendo mísseis capazes de transportar ogivas nucleares.
No início da semana, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou que Israel obteve 100 mil documentos em papel e digitais, que, segundo ele, provam de forma irrefutável que o programa nuclear do Irã tem um componente militar secreto, codinome "Project Amad". Esta declaração foi feita em meio à discussão internacional sobre a necessidade de apertar o acordo nuclear ou anulá-lo.
Yaalon chamou o arquivo obtido pela inteligência israelense de "uma conquista enorme e muito importante", provando as declarações israelenses sobre o Irã.
"Nos anos 90, nossa inteligência entendeu que eles estão se esforçando para o potencial nuclear militar, não para o civil", destacou.
Além disso, Yaalon disse ter certeza de que os iranianos não violaram o acordo.
"Seria insensato para eles não cumprirem o acordo, para eles é um acordo inconcebivelmente vantajoso […] Mas isso não significa que após a transação eles não serão capazes de produzir uma bomba nuclear dentro de um ano", afirmou o ex-ministro.
As autoridades iranianas tornaram-se mais sensíveis à pressão externa por causa da crise econômica e da ameaça de uma onda de protestos, explicou Yaalon.
Em 14 de julho de 2015, a União Europeia e o grupo de países P5 + 1 — China, Alemanha, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos — assinaram o JCPOA com Teerã. O acordo estipulou o levantamento gradual de sanções anti-iranianas em troca de Teerã reprimir seu programa nuclear e permitir inspeções para garantir que a natureza do programa seja pacífica.