Israel é 'incapaz' de eliminar Assad, afirma político iraniano

Um importante político iraniano respondeu ao aviso de um ministro israelense que fez ameaças de que Tel Aviv pode assassinar o presidente da Síria se ele continuar "permitindo que o Irã opere" do seu país.
Sputnik

Falando à Sputnik sobre os comentários do ministro da Energia israelense Yuval Steinitz, o parlamentar iraniano Adolfazl Hassanbeigi disse que os israelenses são incapazes de prosseguir com as ameaças.

"Israel não pode fazer nada; eles são incapazes de realizar isso", enfatizou o membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa.

Hassanbeigi acrescentou que a "presença do Irã na Síria em caráter consultivo é legal e ocorre a pedido do governo sírio".

No início da segunda-feira (7), Yuval Steinitz advertiu que Tel Aviv eliminaria o presidente Bashar Assad se a suposta presença iraniana em seu país continuasse. 

"Se Assad deixar o Irã transformar a Síria em uma base militar contra nós, para nos atacar a partir do território sírio, ele deve saber que este será seu fim", afirmou.

Netanyahu e ataques de Israel na Síria podem empurrar Trump para guerra com Irã
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã de enviar armas avançadas para a Síria, incluindo drones, defesas aéreas e mísseis terra-terra. Israel intensificou seus ataques aéreos contra o que alega serem alvos integrados ao Irã na Síria no mês passado, e acusou Teerã de tentar transformar a Síria em uma cabeceira de ponte hostil contra Tel Aviv. No domingo (6), Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, destacou o importante papel do Irã na luta contra o terrorismo.

Netanyahu disse que discutirá a presença do Irã na Síria durante sua visita programada à Rússia na quarta-feira (9).

Damasco acolheu o apoio iraniano e russo em sua longa guerra contra uma miscelânea desorganizada de milícias armadas e grupos terroristas. Ao mesmo tempo, o governo sírio acusou Israel, Turquia, EUA e França de violar reiteradamente sua soberania e integridade territorial.

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