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Temer ou Meirelles: quem será o candidato do MDB?

A poucos meses das eleições, o MDB mantém dois pesos pesados em busca do mesmo objetivo: tanto o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles quanto o presidente Michel Temer mantêm o sonho de disputar a Presidência da República pelo partido.
Sputnik

A Sputnik Brasil entrevistou o cientista político Bolívar Lamounier para entender o cenário no MDB e o quadro das eleições presidenciais deste ano. Ele acredita que Meirelles deve ser o candidato do MDB, mas nem mesmo sua candidatura está garantida. 

"É mais fácil o Meirelles crescer nas intenções do eleitorado do que o presidente Michel Temer reverter a situação de impopularidade em que ele se encontra. Embora na minha avaliação ele tenha feito coisas muito boas no Governo."

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Lamounier acredita que Meirelles é um "bom orador', mas enfrentará o mesmo problema que Geraldo Alckmin (PSDB): o desconhecimento da população. "Ele [Meirelles] tem uma pedreira pela frente, mas tem um partido grande na mão."

O cientista político diz que a união entre MDB e Meirelles ainda está sendo testada e que sua consolidação depende da capacidade do ex-ministro da Fazenda crescer nas pesquisas de intenção de voto. A união entre MDB e Meirelles "está sendo testada" e depende de sua capacidade de crescer nas pesquisas, afirma Lamounier.

No último sábado (5), Temer e Meirelles participaram juntos do lançamento da candidatura de Paulo Skaf (MDB) ao Governo de São Paulo. Na ocasião, Temer disse: "E aqui registro que eu e o Meirelles estaremos juntos em qualquer hipótese, por isso que o Meirelles veio para o MDB, não é? Nós temos o que dizer, nós temos o que apresentar".

Contudo, o único representante do MDB em encontro de presidenciáveis realizado na terça-feira (8) em Niterói foi Henrique Meirelles.

A última vez que o MDB lançou um candidato presidencial foi em 1994, quando Orestes Quércia conseguiu pouco mais de 1% dos votos.

"Nós temos um grande número de candidatos e a primeira vista todos eles são fracos, não há candidaturas naturais. Portanto é uma situação bem diferente de 1989, quando houve muitas candidaturas mas havia nomes como Ulysses Guimarães, Maria Covas, Guilherme Afif, nomes de expressão nacional", diz 

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Na análise do cientista político, caso o ex-presidente Lula consiga transferir votos para algum candidato de seu partido, o cenário mais provável será um segundo turno entre Alckmin e algum nome do PT ou apoiado por ele.

Caso o PT e Lula falhem em transferir seus votos, o cenário mais possível passa a ser um segundo turno entre Alckmin contra o Jair Bolsonaro ou Marina Silva, acredita Bolívar Lamounier. 

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