Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em assuntos militares Boris Rozhin opinou que os militares norte-americanos estão preocupados com as capacidades do Kinzhal russo porque nenhum país no mundo tem à sua disposição uma arma comparável a esse sistema.
"O sistema já foi discutido na mídia estrangeira, há comentários, inclusive em edições norte-americanas, onde o sistema de mísseis foi chamado de 'uma ameaça para a atual supremacia dos EUA', o que se reflete no lobby pelo aumento do orçamento militar para 2019 para desenvolver e modernizar análogos desses sistemas", explicou ele.
"Entretanto, na prática nós vemos que [os mísseis Kinzhal] representam uma ameaça real para o Pentágono e ele vai adotar as medidas necessárias para atingir a paridade ou o desenvolvimento de sistemas mais perspectivos que os Kinzhal russos. Conseguiriam fazer isso? Vamos ver, porque por enquanto se trata apenas do financiamento do desenvolvimento [das novas armas]", concluiu Rozhin.
O analista militar e colunista da revista norte-americana The National Interest, Dave Majumdar, declarou que o sistema de mísseis hipersônicos Kinzhal não possui análogos no mundo e que o míssil é baseado nos mísseis Iskander, que são capazes de "manobrar em voo e seguir uma trajetória errática". Essa caraterística torna a intercepção dos Iskander extremamente difícil.
O Kinzhal pode iludir todos os sistemas de defesa antimísseis existentes e em desenvolvimento, transportar ogivas nucleares ou convencionais e tem um alcance de até 2.000 quilômetros. Os mísseis hipersônicos do sistema Kinzhal, que equipam os modernizados caças interceptores MiG-31K, são capazes de eliminar porta-aviões, destroieres e cruzadores do inimigo.