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Getúlio 'está se remoendo no túmulo' com atual momento da Petrobras, diz sindicalista

O governo de Michel Temer (MDB) comete um crime de "lesa-pátria" ao transferir o pré-sal e a Petrobras para mãos privadas e estrangeiras, afirma o manifesto da campanha "O petróleo é do Brasil" lançado esta semana. Segundo o documento, a América Latina será palco de uma disputa por petróleo que terá como alvo Brasil e Venezuela.
Sputnik

A Sputnik Brasil entrevistou Deyvid Bacelar, coordenador-geral do Sindipetro na Bahia e também diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), sobre o manifesto e o atual momento da indústria de petróleo nacional. Ele esteve em Brasília durante o lançamento da campanha e diz que os Estados Unidos estão buscando garantir combustível para seu grande consumo de petróleo.

"O investimento que os Estados Unidos fizeram aqui no Brasil sem disparar uma bala e sem disparar um tiro de canhão foi até então vitorioso. As mudanças na legislação já aconteceram, outras estão acontecendo. O que estamos tentando barrar agora é o processo de entrega e privatização dos ativos que a Petrobras detém."

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O manifesto destaca em seu texto que "a história recente da humanidade pode ser contada por meio de guerras pela disputa por fontes energéticas, em especial o petróleo" e os casos de "guerras imperialistas no Iraque e na Líbia, provocadas sob pretextos inventados".

O documento também foi subscrito pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras e a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional.

A Petrobras deve ter o monopólio da exploração de petróleo no Brasil?Sim. É patrimônio do Brasil.Não. Precisamos de investimento estrangeiro.
Ainda nesta semana, a Petrobras lançou seu balanço do primeiro trimestre de 2018 — que apontou lucro líquido de R$ 6,9 bilhões, alta de 56,43% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado, contudo, é visto com ceticismo por Bacelar; ele afirma que o resultado positivo é "fruto das privatizações" e da venda de ativos "a preço de banana para petroleiras estrangeiras".

"O Getúlio [Vargas], nessa altura do campeonato, está se remoendo no túmulo. Porque ele enfrentou todo o capital internacional e as pressões externas para criar a Petrobrás em 1953, e com amplo apoio popular. Se ele estivesse entre nós hoje, não concordaria com o que estamos vendo ocorrer. 

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