OTAN constata 'recuperação notável' do exército russo

De acordo com o novo relatório preparado por um analista de um centro de estudos da OTAN, as Forças Armadas da Rússia atingiram um "nível notável" de recuperação, enquanto nos últimos anos uma série de países da Aliança Atlântica têm perdido capacidades de planejamento e realização de grandes manobras.
Sputnik

"Desde 2009, tem sido cada vez mais evidente que as Forças Armadas da Rússia se têm recuperado rapidamente após quase duas décadas de decadência e atenção insuficiente no período pós-Guerra Fria. Ao longo da última década a escala desta recuperação é notável", se lê no relatório de Diego Ruiz Palmer publicado pelo Colégio de Defesa da OTAN.

Entretanto, o especialista, que ainda na época da Guerra Fria analisava o potencial militar soviético, assinalou que hoje em dia a Rússia é o "único país na Europa" capaz de levar a cabo manobras repentinas e envolver nelas até 60 mil militares.

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Segundo Diego Ruiz Palmer, os integrantes da OTAN, por sua vez, na época pós-Guerra Fria se focaram na reação a crises, fazendo com que "a nível nacional, a maioria dos aliados tenha abdicado do potencial de planejamento quanto à preparação e realização de manobras em uma escala superior ao nível tático".

Para o analista, a experiência das missões na Síria "criou uma nova base para acumulação de experiência operacional, bem como para o potencial de retaguarda dos militares russos".

Depois de em 2012 Sergei Shoigu ter tomado posse como ministro da Defesa, em 2013 o ministério reiniciou a prática de inspeções inesperadas ao exército russo, permitindo avaliar o nível de preparação para combate das Forças Armadas e projetar soluções para os problemas existentes, ressaltou o especialista.

Nos últimos anos, a Rússia vem denunciando a atividade sem precedentes da OTAN perto de suas fronteiras ocidentais. A OTAN tem alargado as iniciativas, qualificando-as como "contenção da agressão russa". O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia não representa ameaça para ninguém, contudo, o país não deixará sem atenção as ações potencialmente perigosas para os seus interesses.

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