Chanceler iraniano busca na China, na Rússia e na Europa o apoio em prol do acordo nuclear

O chanceler iraniano, Mohammed Javad Zarif, visitará a China durante sua planejada turnê internacional na próxima semana, confirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Geng Shuang.
Sputnik

Em um comunicado, publicado no site da entidade chinesa, Geng disse que "o ministro de Relações Exteriores iraniano Mohammed Yavad Zarif vai visitar vários países durante a sua turnê, incluindo a Rússia, China e alguns países europeus, as partes correspondentes irão trocar pareceres sobre a situação atual sobre o programa nuclear iraniano".

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"A China será uma das paradas da sua viagem", diz o texto.

O diplomata disse que "a China é uma das partes do acordo sobre o átomo iraniano e acompanha de perto o desenvolvimento do programa nuclear iraniano". "Pequim está disposta a manter contatos com todas as partes relevantes, incluindo o Irã", conclui a nota.

Na sexta-feira, uma fonte do Ministério de Relações Exteriores do Irã disse à Sputnik que Zarif viajará para Pequim, Moscou e Bruxelas para discutir o futuro do pacto nuclear.

O enviado especial da presidência russa, Zamir Kaboulov, disse pouco antes que o ministro de Relações Exteriores iraniano visitará Moscou em 14 de maio para se reunir com seu colega russo, Sergei Lavrov.

Em 2015 Irã e Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, China, França, Alemanha e a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini assinou o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA), que estabelece limitações ao programa nuclear iraniano para excluir sua possível dimensão militar, em troca do levantamento das sanções internacionais.

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Embora a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirme que Teerã cumpre o tratado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 8 de maio que os EUA estão se retirando do acordo, acusando o Irã de continuar desenvolvendo armas nucleares.

Ele também ordenou a reintegração de todas as sanções suspensas pelo acordo.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, declarou que Teerã continuará cumprindo o documento.

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