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Acusado de violência doméstica, juiz se afasta da Corte Interamericana de Direitos Humanos

O juiz brasileiro Roberto Caldas, membro da Corte Interamericana de Direitos Humanos, se afastou do cargo em razão de uma denúncia de violência doméstica contra a sua ex-mulher, um caso que poderá fazê-lo não voltar mais ao posto.
Sputnik

Em depoimento à Polícia Civil de Brasília, Michella Marys Santana, ex-mulher de Caldas, contou que foi agredida várias vezes pelo magistrado quando ainda eram casados, e que ele chegou a ameaçá-la de morte.

No episódio, Caldas teria chegado "nervoso, possuído" e começou a ofendê-la com vários termos de baixo calão. A violência física veio a seguir.

"Em seguida, puxou o cabelo dela e saiu empurrando a ofendida pela casa, tentando tirá-la da residência. Pela escada, houve mais um empurrão, derrubando a ofendida na escada", consta no depoimento da ex-mulher do juiz.

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"Nesse momento, o agressor falou para a ofendida: 'Eu vou na cozinha pegar uma faca e vou te matar'", continuou o relato.

Diante da polêmica em torno da denúncia, Caldas pediu afastamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos e, segundo pessoas ligadas ao caso, é pouco provável que ele volte a ocupar o posto.

Em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que defende Caldas, reconheceu as "graves" e "inúmeras ofensas verbais" envolvendo o magistrado, mas negou que ele tenha praticado qualquer violência física contra a ex-mulher.

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