Os documentos, incluindo uma carta de intenção da International Armour, fornecedor autorizado da OTAN na Grécia, foram vazados para a Sputnik.
O fornecedor, que opera também nos territórios do Reino Unido, Sérvia e Chipre, tentou negociar em 2015 a compra de um conjunto de armamentos russos, incluindo 50 mil fuzis de assalto AK-47, 5 mil fuzis de precisão Dragunov, 200 tanques T-72 e 50 sistemas de mísseis antitanque 9M133 Kornet.
Outro documento, em que as autoridades iraquianas encarregaram a empresa de adquirir a referida lista de armamentos, também ficou nas mãos da Sputnik.
O empresário que forneceu a documentação acrescentou que o forte interesse de Bagdá pelas armas russas ressalta a força da indústria de defesa da Rússia e a superioridade das armas russas e soviéticas, em comparação com as alternativas da OTAN, na relação custo-benefício.
O empresário, que pediu anonimato, afirmou que se trata se uma prática normal para os contratantes estrangeiros que não têm acesso à Rosoboronexport, fornecedor estatal russo de equipamento militar e outras tecnologias, se dirigirem a ele. Contudo, ele qualificou essa encomenda do fornecedor da OTAN de armamento russo como "incomum" por a lista ser enorme.
Acredita-se que Bagdá tenha optado por reforçar suas capacidades de defesa com tanques russos T-90 em vez dos tanques M1 Abrams, fabricados nos EUA, devido ao menor custo do T-90 e uma disputa com Washington sobre a presença de tanques M1 Abrams nas mãos das Forças de Mobilização Popular do Iraque (FMP) – organização xiita apoiada pelo Irã.
Não está claro se a International Armour teve algum envolvimento na recente aquisição de tanques T-90 russos pelo Iraque.