Em entrevista à Sputnik Brasil, Selma Balbino, porta-voz do Sindicato Nacional dos Aeroviários, criticou a proposta do governo federal e diz temer que com as concessões postos de trabalho sejam perdidos.
"Além das perdas de postos de trabalho há todo um investimento nas partes externas, que não se vê nas partes internas, onde atingem os trabalhadores do aeroporto. A gente vê essa diferença muito claramente nos aeroportos do Galeão, Brasília e Guarulhos, que foram cedidos à iniciativa privada", afirmou.
Selma Balbino aponta que quando há esse tipo de redução, os trabalhadores são os mais afetados.
"Você pinta por fora, mas dentro, nos banheiros, nos vestiários está tudo caindo aos pedaços. Como você tem cada vez menos investimento em fiscalização essas situações acabam acontecendo com mais frequência", disse.
Os preços ainda estão em fase final de elaboração e o plano do governo era encaminhar as minutas dos editais ao Tribunal de Contas da União no terceiro trimestre e publicar as propostas finais em meados de setembro, para realizar o leilão em dezembro, antes do Natal.
Para a porta-voz do Sindicato Nacional dos Aeroviários, o prazo é muito curto, especialmente por se tratar de um ano eleitoral.
"As eleições vão tomar proporções tão complicadas em função de todos os problemas que estão colocados. Nada vai acontecer, tudo vai girar em torno das eleições, o Brasil vai sofrer uma paralisia", completou Selma Balbino.
Somente no ano passado, os 13 aeroportos geraram uma receita de R$ 419,4 milhões para a Infraero, controladora da maior parte deles. A cifra corresponde a 12,4% de toda receita da estatal.