Os militares dos EUA estão revolucionando suas armas, tomando um caminho que pode tirar os humanos do campo de batalha completamente, escreve Bloomberg.
Nos próximos anos o Pentágono planeja gastar quase US $ 1 bilhão para desenvolver robôs para auxiliar as tropas de combate. Essas novas máquinas detectarão produtos químicos perigosos ou outros agentes, realizarão pesquisas complexas e até mesmo transportarão o equipamento dos soldados.
O Pentágono dividiu suas plataformas de robôs em três categorias: leves, médias e pesadas. Em abril, a entidade concedeu um contrato de US $ 429,1 milhões a duas empresas de Massachusetts: Endeavor Robotics e QinetiQ North America. As duas fabricarão robôs de pequeno porte. Semanas depois, Endeavor também garantiu dois contratos no valor de US $ 34 milhões com a Marinha dos EUA para robôs de pequeno e médio porte.
"É um reconhecimento de que os robôs podem fazer muito mais, e há muitos recursos que podem e devem ser explorados", disse Sean Bielat, CEO da Endeavor. Especificamente, ele apontou as tarefas de infantaria — “chatas, sujas e perigosas” — como as mais apropriadas para a robótica.
Apesar de suas muitas capacidades, nenhum dos robôs de infantaria dos EUA está armado.
"Simplesmente anexar uma arma convencional a um robô não dá necessariamente às tropas muitas oportunidades", disse Bielat. Segundo o empresário, ainda não há previsões para criar robôs autônomos e armados.
No ano passado, 116 fundadores de empresas e iniciativas de robótica e inteligência artificial, incluindo Elon Musk, o multi-bilionário fundador da Tesla e da SpaceX, enviaram uma carta à ONU pedindo a proibição de armas letais autônomas.
"Uma vez desenvolvidos, permitirão que o conflito armado seja travado em uma escala maior do que nunca antes e mais rápido do que os humanos possam entender", dizia a carta, alertando que uma "caixa de Pandora" seria aberta com esses sistemas.
Até o momento, 26 países aderiram à solicitação para proibir armas totalmente autônomas, incluindo 14 nações da América Latina.