De acordo com a Folha, os africanos disseram à Polícia Federal que pagaram de 1.000 a 1.100 euros (entre R$ 4.410 e 4.850) pela travessia realizada pelos coiotes, iniciada em Cabo Verde. O grupo teria ficado à deriva por 35 dias. Eles foram encontrados por pescadores cearenses na noite de sábado passado, perto do município de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís.
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— Nova 1290 (@RadioTimbira) 21 de maio de 2018
Segundo o delegado Luís André Lima Almeida, citado pela Folha, os suspeitos detidos, que não tiveram suas identidades reveladas, deram declarações contraditórias durante seus interrogatórios. Enquanto um disse que eles faziam turismo com o grupo em Cabo Verde, o outro afirmou que ele e seu colega teriam resgatado os africanos em alto-mar ao encontrá-los em um barco naufragado.
Em nota, o governo do Maranhão informou que os estrangeiros resgatados são provenientes de quatro países: Senegal, Serra Leoa, Guiné e Nigéria. Eles tinham como destinos finais o Rio de Janeiro e São Paulo.
"De acordo com relatos dos africanos, a viagem partiu de Cabo Verde em um catamarã em condições precárias, com motor de pouca capacidade e com a intenção de chegar ao Rio de Janeiro e São Paulo. Durante o trajeto, o aparelho de GPS que estavam em poder dos tripulantes quebrou. Em seguida o motor da embarcação não suportou a extensão da viagem e logo parou. Por fim a opção de usar a vela do catamarã foi frustrada quando ela também quebrou", informou o serviço de imprensa do estado.