O navio, na realidade, é uma usina nuclear flutuante. Esta será posta em funcionamento pela primeira vez precisamente em Murmansk.
"No entanto, ainda não atingimos o ponto final do lançamento do projeto, mas estamos na reta final […] Vamos acionar a usina nuclear flutuante, única no mundo, aqui em Murmansk", anunciou Aleksey Likhachev, chefe da Rosatom, durante a cerimônia de recepção.
Ele lembrou que o transporte da usina de São Petersburgo para Murmansk foi feito sem estar abastecida de combustível nuclear "a pedido de parceiros estrangeiros".
O navio-usina seguiu uma rota marítima junto às costas da Escandinávia, passando perto do litoral da Estônia, Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega.
A implementação da usina "baterá um novo recorde, confirmando a liderança incondicional da Rússia no setor nuclear mundial".
Depois de ser abastecida com combustível nuclear e testar o funcionamento dos reatores, a Akademik Lomonosov partirá para a cidade de Pevek, em Chukotka, para substituir uma usina nuclear e outra térmica, que serão desativadas por serem obsoletas.
A usina flutuante Akademik Lomonosov do Projeto 20870 é a principal instalação da nova classe de fontes de energia de baixa potência embarcadas em plataformas navais móveis.
O navio Akademik Lomonosov está equipado com dois reatores KLT-40S, capazes de fornecer eletricidade e energia térmica (aquecimento central) para uma cidade de aproximadamente 100 mil habitantes.
A usina flutuante é projetada com uma grande margem de segurança e está apta a suportar qualquer tipo de desastres naturais, como tsunamis. Além disso, o projeto cumpre todas as exigências da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e não representa ameaça ao meio ambiente.
O projeto não se restringe às necessidades do Norte da Rússia, mas também pode beneficiar outros países. Por exemplo, é possível usar a energia para dessalinizar a água nas regiões áridas ou desérticas do golfo Pérsico, que já enfrenta problemas de escassez de água doce.