Objetivo dos EUA na Síria é 'fazer o povo sofrer', diz especialista

Damasco declarou que que a coalizão internacional liderada pelos EUA bombardeia de propósito os poços de petróleo na Síria. O especialista militar Aleksandr Zhilin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, explicou a lógica dos militares dos EUA na região.
Sputnik

Faisal Mekdad, vice-ministro das Relações Exteriores da Síria, afirmou que a coalizão internacional liderada pelos EUA bombardeou intencionalmente os poços para que o governo do país não os pudesse usar.

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Segundo as avaliações, a recuperação da indústria petroleira síria pode exigir investimentos de centenas de milhões de dólares, porque a infraestrutura foi muito danificada pelas operações militares no país árabe.

O especialista militar e coronel aposentado Aleksandr Zhilin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, explicou as ações dos militares norte-americanos.

"Se analisarmos toda a história das ações militares dos anglo-saxões, veremos muito bem que os alvos dos seus ataques são sempre em primeiro lugar, não tanto as bases militares inimigas, mas a infraestrutura civil das povoações. Bem como as instalações industriais que permitem ganhar dinheiro para resolver problemas sociais. Por isso, os ataques dos EUA contra os poços de petróleo na Síria cabem na sua lógica. Da mesma maneira, e seguindo os conselhos dos seus amigos anglo-saxões, atuam as forças armadas ucranianas em Donbass: bombardeamentos da população civil, das instalações de purificação de água e outras infraestruturas", disse Aleksandr Zhilin.

Segundo ele, os EUA pretendem causar propositadamente um maior sofrimento à população civil.

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"Para eles, o principal é fazer o povo sofrer. Eles tentam criar condições insuportáveis para os civis, esperando que eles se manifestem contra as autoridades. Normalmente, isso leva a consequências catastróficas para a situação humanitária. Tais ações já deviam ter atraído a atenção da ONU há muito tempo", opina o especialista.

A guerra civil na Síria continua desde 2011. Nos finais de 2017, foi anunciada a vitória sobre o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na Síria e no Iraque. No entanto, em algumas regiões ainda continua a limpeza dos militantes.

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