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Greve dos caminhoneiros repercute nas redes: Desabastecimento, desperdício e vias fechadas

Ela só começou há três dias, mas os transtornos já são sentidos pelo país inteiro. A greve dos caminhoneiros contra a alta do preço do diesel tem bloqueado o trânsito nas BRs, desabastecido supermercados e postos de combustíveis além de causar desperdício de alimento que não pode ser estocado.
Sputnik

Mesmo com os problemas advindos da paralisação, porém, o tom na internet tem sido de apoio aos grevistas que lutam pela queda no aumento do preço dos combustíveis. Em Juiz de Fora, na região da Zona da Mata mineira, a população doou alimento para os motoristas parados na via. Em um vídeo postado no Twitter, o internauta avisa: "pode durar um mês, não tem problema".

​Outras postagens mostram mobilização do que seria um grupo de policiais em torno dos manifestantes.

 

O tom positivo, porém, não reduz os transtornos causados. Linhas de ônibus paradas, disparada ano preço dos combustíveis (na zona norte do Rio de Janeiro, teve posto vendendo gasolina aditivada a R$6,50 o litro, de acordo com informações obtidas pela Rede Globo) e paralisação do serviço de entrega dos Correios são só alguns exemplos do problema. Filas intermináveis de engarrafamento também dão o tom da manifestação, como mostrou um internauta que passava de moto próximo a Bebedouro, interior de São Paulo.

#grevedoscaminhoneiros #greveeuapoio #bebedourosp

Uma publicação compartilhada por Dionys Felicio (@dionysfelicio07) em 23 de Mai, 2018 às 8:35 PDT

 

Nos supermercados, faltam produtos básicos. Sem entrega, até pãozinho sumiu das prateleiras em todo o país. Na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa - MG), instalada em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, um internauta no Twitter filmou o pátio de caminhões praticamente vazio.

​Produtores de produtos perecíveis também têm amargado perdas significativas. Cenas como as do vídeo abaixo, mostrando o descarte de leite, estão viralizando na internet.

Rodrigo Maia anuncia acordo para reduzir imposto sobre a gasolina e o diesel
Enquanto isso, o Governo Federal corre contra o tempo para conter as perdas e normalizar o serviço de fretamento no país. Na tarde de ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia anunciou um acordo fechado pelo Legislativo com o Ministério da Fazenda para zerar o Cide, imposto que incide sobre os preços de diesel e gasolina. Porém, como mostrou a Sputnik Brasil, a medida tem efeito mais simbólico, já que o imposto representa fatia pequena do preço final e a queda só valeria daqui a três meses.

A Petrobras também se apressou em anunciar queda de 1,54% no preço do diesel nas refinarias. Ainda há dúvidas se o corte chegará ás bombas de gasolina. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano.

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