Segundo o portal, a deslocação é considerada como manobras de grande escala que visam treinar o desdobramento de tropas no território europeu no caso de um possível conflito no continente.
No total, serão deslocados 3,3 mil efetivos e 650 unidades de equipamento militar, incluindo 87 tanques M-1 Abrams e 18 obus M-109 Paladin. O equipamento será posicionado nos países bálticos, bem como na Polônia, Romênia, Bulgária e Hungria.
Também se comunica que uma parte das tropas será reposicionada por via ferroviária e rodovias. Além disso, será usado o transporte marítimo que antes nunca tinha sido empregue para estes fins.
Mais tarde, as tropas vão participar dos grandes exercícios militares Sabre Strike, que se realizarão de 3 a 15 de junho na Polônia e região do Báltico e dos quais vão participar 18 mil militares dos países da OTAN.
O cientista político Mikhail Smolin, na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, comentou a implantação das tropas.
"Houve relatórios dizendo que a máquina militar norte-americana tem muitas dificuldades em se desdobrar na Europa de Leste, pois a infraestrutura destes países não seria adequada para ações militares de grande escala. Não obstante a acumulação de forças militares e recursos, estas unidades, segundo esses relatórios, não podem ser rapidamente reposicionadas em caso de conflito militar ou de planos militares de algum país da OTAN — as bitolas das vias férreas não são adequadas e não há acessos ferroviários. Acho que nos países europeus da OTAN começaram a pensar nisso e demonstram que estão prontos a desenvolver a infraestrutura militar, reconstruir as vias férreas. O envio de efetivos a partir da Bélgica pode se tornar mais uma fase do aumento dos recursos e de tropas ao longo das nossas fronteiras, para, como eles pensam, apoiar os seus aliados e pressionar militarmente a Rússia, cercando-a pelas fronteiras", resumiu Smolin.