"Não há outros locais de teste ou silos (nucleares) na República Popular Democrática da Coreia", disse a autoridade norte-coreana nesta quinta-feira.
Questionado se Pyongyang tinha cooperado com a Síria ou com o Irã para o desenvolvimento de armas nucleares, o cientista refutou tais alegações
"Nunca", declarou.
O funcionário norte-coreano disse ainda que a retirada completa de todos os funcionários do polígono e o fechamento de todas as instalações será cumprido no curto prazo.
A Coreia do Norte planejava desmantelar entre os dias 23 a 25 de maio o polígono de Punggye-ri, palco de seis testes nucleares subterrâneos realizados entre 2006 e 2017.
O último teste, envolvendo uma bomba de hidrogênio de 250 quilotons, foi realizado em 3 de setembro do ano passado e, segundo alguns geólogos, gerou um terremoto de magnitude 6,2 na escala Richter.
Além disso, segundo especialistas, o abalo sísmico que poderia ter causado o colapso do local de teste sob o monte Mantapsan – o que poderia significar que a destruição de Punggye-ri não passa de um ato teatral, já que a instalação já estaria inutilizável.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, anunciou a suspensão dos testes nucleares e de mísseis balísticos a partir de 21 de abril, e o fechamento de Punggye-ri, no âmbito do processo de normalização das relações com a Coreia do Sul e os EUA.
De acordo com as previsões, a Coreia do Norte deve retirar nesta semana o pessoal de investigação e guardas de Punggye-ri. Em seguida, os oficiais norte-coreanos irão explorar silos nucleares e demolir as instalações na área, incluindo áreas de vigias e controle, o centro de estudos e outras unidades.