Em abril, Andrei Ravkov, o ministro da Defesa da Bielorrússia, disse que a OTAN armazenava armas pesadas nos países bálticos, uma ação que poderia ser classificada como um esforço para mudar o equilíbrio de poder na região.
Segundo o ministro bielorruso, tais medidas só vão exacerbar as tensões internacionais.
"A OTAN deveria assumir uma posição mais responsável. Muitos dos problemas que enfrentamos foram causados pelo alargamento da OTAN no leste. Tenho o direito de enfatizá-lo, porque vi estes desenvolvimentos com os meus próprios olhos", disse Lukashenko ao proferir um discurso no fórum "Europa Oriental: em busca de segurança para todos".
De acordo com Lukashenko, a influência de regiões e países não europeus, como China, Índia e Japão, está se fortalecendo, criando a necessidade de engajá-los em um diálogo com atores regionais na Europa.
A OTAN tem aumentado significativamente a sua presença na Europa Oriental desde o início da crise ucraniana em 2014, usando a suposta interferência da Rússia nos assuntos internos ucranianos como pretexto. Moscou negou todas as acusações.
O Kremlin tem expressado repetidamente seu protesto sobre o avanço militar da OTAN, dizendo que isso só vai minar a estabilidade regional e resultar em uma nova corrida armamentista.