Sua declaração foi dada no dia 23 de maio em Washington perante jornalistas e ao lado do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.
Mesmo antes do início das negociações, já se sabia sobre o cancelamento do convite. Segundo a mídia ocidental, Christopher Logan, porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, classificou a anulação do convite como "resposta inicial" à "contínua militarização chinesa do mar do Sul da China". Essa preocupação também foi expressa por Mike Pompeo durante reunião com Wang Yi.
Por sua vez, o chanceler chinês destacou que a China posiciona instalações de defesa nas suas ilhas exercendo o direito de autodefesa. Além do mais, ressaltou que o posicionamento chinês é efetuado em escala "muito menor" do que o dos EUA no Havaí ou em Guam.
Para ele, é "pouco provável que o cancelamento do convite para exercícios conjuntos faça com que a China dê quaisquer permissões militares ou políticas aos EUA". Lomanov frisou que "a política real da China demonstra que ela não está disposta a renunciar a seus interesses fundamentais sob qualquer pressão".
O analista chinês, Shen Shishun, opina que os EUA estão usando as manobras RIMPAC para pressionar a China:
"No mar do Sul da China, a China está atuando exclusivamente no âmbito da sua soberania. […] O cancelamento do convite dos EUA à China para participação das manobras militares multilaterais no oceano Pacífico em 2018 através da desculpa de que [China] estaria construindo [instalações militares] nas ilhas do mar do Sul da China obviamente demonstra a impureza dos objetivos norte-americanos. […] Os norte-americanos visam mostrar ao mundo que somente suas ações trazem a justiça para a região, que são nobres e honestos. Isso causa muitas dúvidas. O cancelamento do convite é mero pretexto, sem dúvidas. Eles usam as manobras para exercer pressão na China", resumiu Shen Shishun.
O analista chinês concluiu dizendo que a política da China hoje em dia é muito segura, e as suas ações são coerentes e firmes.