Por que países latino-americanos dão preferência a helicópteros russos?

Os helicópteros russos se adaptam melhor às condições dos países da América Latina, sendo deste modo uns dos mais atraentes para o mercado local. Eis o que afirmaram empresários e militares do Equador, Peru e Chile que assistiram a Feira Internacional HeliRussia, realizada entre 24 e 26 de maio em Moscou.
Sputnik

Boa qualidade por um bom preço

Os helicópteros da Rússia são atraentes para a América Latina graças a seu preço, afirmou à Sputnik Mundo Pablo Velasco, militar do Exército do Equador.

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"O preço de um bom helicóptero, a potência que tem, o trabalho que pode realizar são comparáveis com os concorrentes, mas estes últimos podem ter um preço muito mais elevado", comentou Velasco.

Segundo o militar equatoriano, o país está considerando a compra de helicópteros Mi da fábrica russa Mil, em particular helicópteros para oito passageiros, de apoio médico e de resgate.

Segundo o entrevistado, a feira HeliRussia 2018 o surpreendeu com suas novidades e mostrou que o produto russo é mais interessante para o seu país.

"As tecnologias de construção dos helicópteros russos estão a par das de seus concorrentes. As tarefas que realizam os veículos aéreos russos deste tipo são excelentes, a potência é muito boa. Mas o preço é muito melhor do que o das aeronaves dos Estados Unidos", sublinhou.

Adaptados à geografia local

O Peru possui um grande parque de helicópteros russos, a maioria pertencendo ao Estado, segundo relatou à Sputnik Mundo o gerente da empresa CONAIC, Javier Castilla.

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Trata-se inclusive dos helicópteros Mi-8 e Mi-17 que se adaptam da melhor maneira possível à geografia e às altitudes do país andino, explicou Castilla.

Segundo o gerente, a cota de mercado dos helicópteros militares russos no Peru tem variado ultimamente após a holding Vertolyoty Rossii (Helicópteros da Rússia) ter vendido ao país helicópteros Mi-17.

"Além disso, estão montando uma fábrica para fazer a 'reforma' destes veículos aéreos no Peru. Há também uma empresa privada que mantém 14 helicópteros Mi-17 e Mi-8", acrescentou.

Questão de confiança

O adido militar da embaixada de Chile em Moscou, coronel Sergio Estévez, que já teve a oportunidade de trabalhar com as aeronaves russas, afirmou que estas "são muito confiáveis, com grandes capacidades e caraterísticas".

Ao mesmo tempo, o adido opinou que cada país tem suas "estrelas", acrescentando que os Estados Unidos e a França também oferecem helicópteros de qualidade.

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