Exército da Síria prepara ofensiva e 'ameaças dos EUA não a impedirão', diz general

O especialista militar sírio e general de brigada aposentado, Ali Maqsud, afirmou que o exército do país levou a cabo as preparações necessárias para realizar uma operação de libertação no sul da Síria.
Sputnik

"Agora, os terroristas ainda têm uma última chance de largar as armas e se renderem", afirmou o general à Sputnik Árabe, acrescentando que as ameaças norte-americanas visam impedir o avanço do exército nacional.

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"As declarações dos EUA são mais uma tentativa de traçar mais uma 'linha vermelha' para o exército sírio. É que Israel está preocupado com a aproximação do exército sírio dos territórios ocupados por ele, existe o perigo de envolvimento de Israel no confronto. Contudo, o nosso exército não recuará nos seus planos. Já temos experiência de apagar esse tipo de 'linhas vermelhas’ em Palmira e na parte desértica da Síria", assinalou o general aposentado.

"Após a libertação de Ghouta Oriental, o exército obteve capacidades e forças para realizar outras operações. Naturalmente que foi tomada a decisão de continuar libertando aquelas áreas que até agora ainda permanecem sob controle dos terroristas."

Ali Maqsud frisou que a operação militar foi temporariamente adiada a pedido do governo na província de Daraa, para que os terroristas que se encontram na área terem oportunidade de se renderem sem combater.

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Anteriormente, Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, expressou preocupações com as informações sobre a preparação de uma ofensiva na zona de desescalada no sudoeste da Síria pelas tropas governamentais, e advertiram Damasco para não violar o regime de cessar-fogo.

Vale destacar que uma fonte familiarizada com a situação comunicou à Sputnik que combatentes do grupo radical Frente al-Nusra e do Exército Livre da Síria estão expandindo seu controle sobre os territórios no sul da Síria a fim de criar uma área autônoma patrocinada pelos EUA. Os combatentes planejam realizar um ataque coordenado contra as forças governamentais sírias nas três províncias do sul.

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