O SBU afirmou que tinha recebido informações sobre preparativos em andamento para o assassinato do jornalista e o frustrou. Segundo Gritsak, o assassinato foi encomendado pelos serviços de segurança russos.
"Há cerca de três horas detivemos em Kiev o organizador deste crime. Agora mesmo continua o processo de investigação com o detido, bem como estão sendo realizadas buscas em sua moradia e lugar de permanência temporária", disse o chefe do SBU.
Depois da declaração de Gritsak, o próprio Babchenko falou com os jornalistas. Ele afirmou que há um mês foi informado sobre o assassinato que estava sendo preparado contra ele e que lhe propuseram participar da operação. Segundo o jornalista, os preparativos da última demoraram dois meses.
"Eu, talvez, gostaria de pedir desculpas pelo que vocês todos tiveram que passar […] Queria pedir desculpas especiais à minha mulher pelo inferno que ela teve que passar durante estes dois dias", disse Babchenko.
Anteriormente foi informado que o jornalista russo foi atingido por vários tiros perto de seu apartamento em Kiev. Depois ele teria morrido a caminho ao hospital.
A vizinha do jornalista supôs que o assassino usava pistola com silenciador, pois não ouviu disparos.
A polícia ucraniana afirmou que admite o cenário de o incidente ter tido participação dos serviços especiais russos e publicou um retrato falado do suposto assassino.
Comentando o incidente com Babchenko, a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, classificou o fato de o jornalista estar vivo como "a melhor notícia", sublinhando ao mesmo tempo que a história tem incorporado um óbvio "efeito de propaganda" de Kiev.