"A nossa defesa antiaérea é muito mais forte do que antes, graças ao apoio da Rússia, e os ataques recentes efetuados pelos israelenses, americanos, britânicos e franceses provaram que estamos em uma situação melhor", disse. "A única opção é melhorar a nossa defesa antiaérea, é a única coisa que podemos fazer e estamos fazendo isso", acrescentou.
"Claro que podem [ocorrer], porque enquanto os EUA violarem a lei internacional, diariamente às vezes em várias áreas e por várias razões, qualquer país do mundo pode ter um ataque desses", disse, falando sobre a probabilidade de novos ataques.
"Uma vez que não temos uma lei internacional que seja respeitada pelos EUA e os seus fantoches do Ocidente, não há garantia de que isso não aconteça", adicionou Assad.
De acordo com Assad, os EUA consideravam o cenário de ataque massivo contra a Síria, mas a reação da Rússia os impediu: "Então os russos declararam abertamente que estavam prontos para destruir os locais de lançamento dos mísseis. Conforme a informação que temos, não há provas, apenas dados, mas dados seguros, eles consideravam a variante de ataque massivo contra todo o território da Síria. E foi essa ameaça que fez o Ocidente adotar medidas muito mais modestas", declarou na entrevista ao RT.
Em 14 de abril, os EUA, o Reino Unido e a França efetuaram ataques de mísseis contra estruturas governamentais sírias que, alegadamente, eram usadas para a produção de armas químicas.
Comentando a situação no país, Assad disse que os acontecimentos na Síria não são uma guerra civil, são desde o princípio uma guerra contra os terroristas e "mercenários do Ocidente".
O líder sírio abordou igualmente o tema da presença de tropas estrangeiras no seu país, reforçando que na Síria não há tropas do Irã, apesar das declarações de Israel, há somente conselheiros iranianos.