Chefe da OTAN: farsa da morte de jornalista russo na Ucrânia pode minar imprensa

O chefe da OTAN criticou a Ucrânia por seu plano de inteligência envolvendo o suposto assassinato do jornalista russo Arkady Babchenko, dizendo que o incidente tem o poder de "minar" a imprensa livre e ser vir de "combustível para propaganda".
Sputnik

Falando a repórteres nesta sexta-feira, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, fez o que considerou ser um alerta.

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"Gostaria de sublinhar que lamento que este incidente possa minar a confiança na imprensa livre e ser usado para alimentar propaganda", declarou.

"Eu acredito fortemente que a melhor maneira de garantir que não somos vítimas de notícias falsas é que temos uma imprensa livre e independente", acrescentou.

As declarações de Stoltenberg fazem referência a uma encenação bizarra de eventos que remonta a 29 de maio, quando foi relatado que o jornalista russo Arkady Babchenko havia sido brutalmente assassinado e encontrado morto na porta de seu próprio apartamento em Kiev.

O governo ucraniano chegou a publicar uma foto do jornalista deitado em uma poça de sangue de porco.

Mas apenas um dia depois, Babchenko surgiu vivo e bem durante uma coletiva de imprensa do serviço secreto ucraniano.

Kiev alegou que a farsa era necessária para frustrar uma trama real em grande escala visando a Ucrânia e planejada pelo Kremlin. No entanto, os buracos foram quase imediatamente encontrados nessa história.

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Mas, embora a falsificação da morte de Babchenko tenha sido criticada por todos, desde analistas até a Federação Internacional de Jornalistas, a crítica de Stoltenberg à Ucrânia é mais incomum — particularmente porque Kiev tem a intenção de se tornar um membro da OTAN.

A aliança reconheceu formalmente a aspiração de Kiev de participar da aliança em março. Um dia depois disso, o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, reiterou que Kiev estava de fato buscando um Plano de Ação para a Afiliação (MAP), um passo formal para se unir à OTAN.

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