"No caso de ruptura do acordo, o Irã pode criar ogivas nucleares para equipar seus mísseis no espaço de um-dois anos. Neste aspeto, as informações de que Teerã teria mentido para todos ao falar da ausência de pesquisas sobre armas nucleares, não proporcionam nada de novo. O mais importante é que hoje em dia todas as suas ações são controladas por representantes da Agência Internacional de Energia Atômica, de acordo com os quais as cláusulas do acordo nuclear estão sendo plenamente cumpridas", disse.
O especialista relembrou que o Plano de Ação Conjunto Global, aprovado unanimemente pelo Conselho de Segurança da ONU em 2015, entrou em vigor por um período de 10 anos e estabelece que Teerã se compromete a não possuir mais que 300 kg de urânio enriquecido até 3,67%, não produzir urânio altamente enriquecido e plutônio militar ao longo de 15 anos.
Contudo, daqui a 10 anos, caso não haja outro acordo, o Irã pode criar seus próprios mísseis nucleares no espaço de um-dois anos, pois o acordo não proíbe o desenvolvimento de mísseis balísticos de longo alcance, capazes de ameaçar o território europeu e de outros países.
O Fórum Internacional de Prevenção de Catástrofes Nucleares começou hoje (11) em Genebra e reune 49 especialistas de 14 países com a finalidade de analisar os desafios atuais no campo nuclear.