Houve 74 assassinatos de fazendas e 638 ataques principalmente contra fazendeiros brancos em 2016-17, de acordo com o grupo AfriForum, de direitos das minorias.
"As tendências atuais de homicídios indicam que perderemos mais pessoas nas fazendas do que nos últimos três anos", escreveu recentemente Ian Cameron, da AfriForum.
A situação forçou os fazendeiros brancos a começar a se preparar para sobreviver a um possível ataque. Alguns deles se voltaram para Idan Abolnik, um ex-membro das Forças Especiais israelenses, que os treina no combate corpo-a-corpo e no manuseio de armas, informou a rede Sky News.
Some white farmers in South Africa feel so under threat that they are learning self-defence from an ex-Israeli special forces member in case they are targeted pic.twitter.com/vl444tb8pH
— Sky News (@SkyNews) 3 de junho de 2018
O sistema de autodefesa é chamado Krav Maga, desenvolvido para as Forças de Defesa de Israel. Abolnik o levou para a África do Sul.
"É aberto a todos e a qualquer pessoa que queira um sistema especialmente projetado para os agricultores. Nós os treinamos para lidar com uma variedade de ataques diferentes", disse Abolnik ao canal de TV News24, da África do Sul.
"Nós os ensinamos combate corpo-a-corpo, guerra de mato, guerra urbana e como coletar informações", acrescentou. O programa custa cerca de R20.000 por pessoa (cerca de US$ 1.500) para um curso intensivo de duas semanas.
Os agricultores brancos, apesar de serem uma minoria na África do Sul, possuem 72% das fazendas do país. O novo governo sul-africano anunciou recentemente um plano para redistribuir terras para a população negra.
Críticos alertaram que a África do Sul pode repetir o experimento desastroso do governo do Zimbábue em 1999-2000. A medida mergulhou o país na fome.