Griffin, que tem 10 anos de experiência na detecção de fraudes financeiras, examinou milhões de transações no Bitfinex. Em seu artigo, Griffin diz que a linha de criptomoedas atrelada ao dólar foi usada para comprar bitcoin nos momentos em que o último estava caindo, o que ajudou a "estabilizar e manipular" o preço da criptomoeda.
"A fraude e a manipulação geralmente deixam marcas nos dados e é bom ter o blockchain para rastrear as coisas", disse Griffin à rede CNBC. Sempre que o bitcoin caía, o preço era usado para comprá-lo para sustentar o preço da criptografia principal.
"Foi criar um suporte de preço para o bitcoin e, durante o período que examinamos, teve enormes efeitos de preço", afirmou Griffin. "Nossa pesquisa indicaria que há pessoas sofisticadas aproveitando o interesse dos investidores em benefício deles".
O bitcoin começou 2017 abaixo de US$ 1.000 e chegou a US$ 20.000. Agora, está sendo negociado perto da marca de US$ 6.000. Já a Tether é a 11ª maior criptomoeda e está atrelada ao dólar americano. Alguns críticos dizem que os proprietários de títulos não têm moeda fiduciária suficiente para sustentar sua capitalização de mercado de US$ 2,5 bilhões.
O CEO da Bitfinex, J.L. van der Velde, disse à CNBC que nem o câmbio nem a barreira ajudaram a impulsionar os preços do bitcoin.
"O Bitfinex nem o Tether estão, ou já se envolveram, em qualquer tipo de manipulação de mercado ou preço. As emissões de títulos não podem ser usadas para sustentar o preço do bitcoin ou de qualquer outra moeda / token no Bitfinex", declarou.