'América Latina jamais pode ser pátio traseiro do império'

Durante a sua visita a Moscou, capital russa, o presidente da Bolívia, Evo Morales, falou com a Sputnik Mundo. Uma das questões abordadas foi a situação na América Latina.
Sputnik

Para o presidente boliviano, na região agora fazem falta "ex-presidentes como Lula, como Hugo Chávez, como Kirchner, como Rafael Correa. Mas a luta continua. Embora existam políticas de injustiça, de desigualdade, como Trump está implementando, a luta vai continuar nos povoados. Embora alguns presidentes da América do Sul não nos acompanhem tanto, nos processos de libertação dos povos da América Latina, a qualquer momento retornarão", frisou.

Pentágono impõe sua agenda à América Latina, opina analista
Ele opina que se sabe muito bem quando o neoliberalismo voltou e isso causa uma insatisfação profunda não somente nos países aonde voltou esse "modelo de saqueio e de submissão ao Fundo Monetário Internacional e à política norte-americana, isso nos fortalece para seguir essa luta pela libertação democrática de nossos povos".

Comentando a situação em redor do ex-presidente brasileiro, Lula da Silva, Morales afirmou que Lula não está só, tal como Kristina Kirchner. As pessoas também estão despertando para esta injustiça. "Por isso, tenho a esperança e confiança de que os movimentos sociais poderão recuperar democraticamente essas grandes aspirações de libertação da nossa Grande Pátria", assinalou.

Falando sobre a comunidade latino-americana, Evo Morales reforçou que "a América Latina jamais pode ser pátio traseiro do império". Para ele, a coisa mais importante é a dignidade, mais importante do que as dificuldades econômicas ou uma situação social difícil.

Ele adicionou que está contra a adesão da Colômbia à OTAN, considerando isso como uma "agressão direta contra a América Latina, uma agressão militar, uma agressão do império, que volta a ameaçar a segurança da América Latina. Esperamos que os povos pelo menos possam refletir para condenar tal política, que causa muito dano à nossa soberania e dignidade", resumiu o presidente boliviano.

Comentar