Quais são chances dos EUA criarem 'concorrente' para artilharia russa?

Os EUA estão preparando um "concorrente poderoso" para a artilharia russa, escreve a mídia. Na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Konstantin Sivkov estimou a que custo os norte-americanos vão tentar atingir o seu objetivo.
Sputnik

A revista militar Warrior Maven escreve que os EUA estão criando o protótipo de um obuseiro, cujo alcance deve superar em duas vezes o da artilharia existente.

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Trata-se do obuseiro M777ER que está sendo desenvolvido no âmbito do programa Artilharia de Canhão de Alcance Aumentado (ERCA na sigla em inglês). A nova arma norte-americana será criada com base no obuseiro M777А2 com alcance de 30 quilômetros. Nota-se que o M777ER poderá atingir alvos à distância de mais de 70 quilômetros.

A edição também assinala que a versão modificada será 455 quilos mais pesada do que o M777А2 e 1,8 metros mais comprida. O obuseiro também terá novos modelos de freio de boca e de culatra.

A revista adiciona que o obuseiro norte-americano está sendo elaborado a fim de superar o seu competidor russo 2S33 Msta-SM de calibre 152 mm e que atinge alvos à distância de mais de 40 quilômetros. Além do mais, os desenvolvedores pretendem aumentar a precisão do M777ER para que não só tenha um longo alcance, mas também possa atingir alvos em movimento, bem como efetuar disparos precisos em condições de visibilidade limitada.

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O obuseiro M777 é produzido pela empresa britânica BAE Systems. A arma pesa 4.218 quilos, tem alcance de cerca de 30 quilômetros e um desvio possível do alvo de cinco metros. Para operar o obuseiro são necessárias cinco pessoas.

Na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Konstantin Sivkov notou que os norte-americanos apostam no alcance do obus, e isso não é por acaso.

"Graças ao grande alcance o canhão poderá manobrar com o fogo. Quer dizer, ficando no mesmo lugar, ele pode atingir vários alvos a grande distância uns dos outros. É muito eficaz em tais guerras como na Síria, quando está sendo travada a luta contra pequenos grupos móveis. Há um obuseiro soviético, Pion (peónia em russo), de calibre 203 milímetros, com um alcance de tiro com projétil comum de cerca de 40 quilômetros e com projétil ativo e reativo de 50 quilômetros. Pelo visto, o uso deste obuseiro no decorrer da campanha na Síria impressionou muito os norte-americanos", explicou Sivkov.

Conforme o analista, para atingir os objetivos anunciados, os norte-americanos terão que usar os projéteis autoguiados, o que aumentará significativamente o custo da arma.

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"A razão principal pela qual nós renunciamos à criação de tais armas de longo alcance está ligada ao fato de a grandes distâncias a dispersão dos projéteis ser bastante grande. É quase impossível que essa dispersão seja insignificante, porque não se pode calcular a mudança das condições meteorológicas ao longo da trajetória do voo. Por isso, para alcançar o objetivo desejado é aumentada a potência do projétil, quer dizer, a quantidade de explosivo e o peso do projétil. Por exemplo, o nosso canhão de calibre 203 milímetros usa um projétil que pesa cerca de 100 quilogramas. Provavelmente os norte-americanos vão aumentar o peso do projétil. Acho que vão usar os projéteis ativos e reativos para alcançar essa grande distância. É muito provável que os norte-americanos optem por usar nestas armas projéteis autoguiados, já que não há outro meio de aumentar a precisão de tiro. Mas deve-se perceber que tais projéteis são muito caros — no mínimo dez vezes mais que o custo de um projétil comum", resumiu Sivkov.

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