Ucrânia está se aproximando de 'catástrofe' e não tem como evitá-la, adverte deputado

O deputado da Suprema Rada Vadim Rabinovich afirmou, em declarações ao canal 112 Ukraina, que os países europeus "sob pretexto de oferecer ajuda econômica estão tentando saquear as riquezas naturais da Ucrânia".

Outro delírio? Ucrânia propõe converter Crimeia em ilha

16 de junho 2018, 09:10

"Primeiro, o Banco Nacional pagou, sem grande alarde, 455 milhões [de dólares] ao Fundo Monetário Internacional. Agora nos dizem que a Europa nos emprestará um bilhão [de euros], mas se esqueceram de mencionar que ela exige levantar a moratória sobre a exportação de madeira. Ou seja, a Europa nos dá outra vez generosamente um bilhão, dinheiro que em breve teremos que pagar em forma de juros às organizações internacionais, e para isso ainda temos que nos privar dos Cárpatos [região no oeste ucraniano rica em madeira]", declarou o deputado ucraniano.

Rabinovich lembrou que, até o fim de 2018, a Ucrânia deve pagar ao FMI 12,5 bilhões de dólares, 12, 1 bilhões em 2019, e mais 10,2 bilhões em 2020. No total, segundo avalia o político, Kiev deverá pagar $117 bilhões (R$ 436,5 bilhões) de dívida pública.

"É uma economia destinada ao colapso, é uma hipoteca sem saída", sublinhou Rabinovich, acrescentando que qualquer um pode calcular e entender que a Ucrânia não é capaz de devolver este dinheiro.
Para o político, a única solução possível para a crise poderá ser o default.

O programa de ajuda do FMI prevê a concessão de $17,5 bilhões (R$ 65, 2 bilhões) à Ucrânia. O país recebeu as primeiras quatro tranches em 2015, 2016 e 2017. Kiev esperava obter a última parte da ajuda até fim de 2017, mas isso ainda não aconteceu.