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'Crueldade': Brasil detona política de Trump que separa crianças de seus pais

O governo do Brasil criticou nesta quarta-feira a crueldade do governo dos Estados Unidos em separar pais e filhos que chegam ilegalmente ao país, alguns dos quais são brasileiros.
Sputnik

"O governo brasileiro acompanha com grande preocupação o aumento de casos de crianças brasileiras separadas de seus pais ou cuidadores que estão sob custódia em abrigos, o que constitui uma prática cruel e em dissonância clara com os instrumentos internacionais para a proteção dos direitos da criança", disse o Ministério de Relações Exteriores do Brasil em um comunicado.

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A nota oficial também salienta que o governo brasileiro espera que a ordem executiva emitida nesta quarta-feira pelo presidente dos EUA, Donald Trump, se torne a "revogação eficaz" da prática de separação entre as crianças e seus pais ou responsáveis legais.

Trump assinou uma ordem executiva para evitar que os filhos de imigrantes sem documentos que chegam à fronteira sul do país sejam separados de seus pais.

Além disso, o Ministério de Relações Exteriores dirigiu seus consulados brasileiros no país norte-americano para reforçar as medidas que já foram adotadas nos últimos anos para proteger os cidadãos menores.

Entre essas medidas estão: mapear todos os albergues no país para identificar novos casos, intensificar a assistência consular a menores e orientar os pais sobre as ações legais disponíveis para recuperar a custódia e buscar o reagrupamento familiar.

O governo brasileiro também contempla "campanhas de esclarecimento" sobre os riscos de atravessar a fronteira, principalmente com menores, realizados em coordenação com os conselhos de brasileiros residentes nos EUA.

Além disso, fortalecer a troca de informações com os departamentos consulares de outros países de onde os imigrantes vêm para os EUA, e consultas regulares sobre questões consulares permanecer com Washington.

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O ministério não deu dados oficiais sobre o número de crianças brasileiras que foram separadas de seus pais quando entram os EUA, mas de acordo com declarações à Agência Brasil do cônsul do Brasil na cidade norte-americana de Houston, Felipe Santarosa, ele é de pelo menos 49.

Segundo o diplomata, a informação foi fornecida pelas autoridades dos EUA, mas não há detalhes sobre a idade das crianças ou sobre a cidade em que elas se encontram.

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