"O Pentágono instalou na Síria 19 bases militares e pontos de apoio, e também outras 22 bases nos países limítrofes da Síria para fornecer armas, munições, combustíveis e provisões aos combatentes das organizações terroristas", afirmou o assistente do presidente para assuntos de cooperação técnico-militar, Vladimir Kozhin.
De acordo com Kozhin, o apoio direto que Washington presta a grupos armados ilegais no território sírio contradiz não só a Carta da ONU, mas também não corresponde aos acordos sobre as zonas de desescalada. Ademais, ele opina que os EUA apoiam os combatentes para preservar sua influência sobre os processos internos na Síria.
Os EUA tentam preservar meios de pressão sobre a situação política e econômica na Síria através de grupos terroristas.
Ao falar de grupos terroristas, o especialista indicou que o Daesh e a Frente al-Nusra (organizações terroristas proibidas em vários países, incluindo na Rússia) incitam as organizações da oposição moderada síria umas contra outras e impedem o estabelecimento da paz entre a oposição e as tropas governamentais na zona de escalada no sudeste da Síria:
"A peculiaridade das relações entre grupos armados ilegais no território sírio é que eles constantemente lutam entre si pela partilha de esferas de influência dentro da zona de desescalada, o que se converte em confrontos diretos."
"É conhecido que os líderes do Exército Livre da Síria e da Ahrar al-Sham estão prontos, sob certas condições, para firmar a paz e transferir seu território para o controle do governo legítimo sírio", ressaltou.
No entanto, destaca, "os líderes da Frente al-Nusra e do Daesh, que no total controlam mais de metade do território, não podem firmar nenhum acordo e continuam exercendo pressão sobre a oposição moderada, frustrando assim o processo de reconciliação".