Na quarta-feira (20), o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA divulgou um relatório onde descreve como é possível proteger a Terra de asteroides que representem sério perigo para a humanidade, informa a AP.
De acordo com o especialista da NASA responsável pela defesa planetária, Lindley Johnson, os cientistas já descobriram 95% de todos os objetos na proximidade da Terra cujo diâmetro supere um quilômetro.
Se ao menos um desses meteoritos caísse diretamente sobre uma cidade populosa, mataria milhões de pessoas, adverte o relatório.
No entanto, esse assunto está ligado a sérias dificuldades. De acordo com Johnson, para prevenir a ameaça proveniente de um asteroide ou meteorito, é necessário saber com antecedência sobre sua chegada. Nesse caso será possível construir uma nave especial para interceptar o asteroide ou evacuar a população do lugar da sua possível queda. Ademais, o especialista sublinha que há numerosos objetos perigosos, pois eles voam ao redor do Sol e se aproximam de nós do lado iluminado pela luz do dia.
Previamente, a NASA divulgou um plano, conhecido como HAMMER (martelo, em português), que consiste em enviar uma nave ao asteroide, caso ele seja perigoso, para que penetre dentro dele e detone uma carga nuclear. Tais ações devem ser efetuadas se o asteroide não for detectado a tempo. Se o asteroide for detectado a tempo, os cientistas estadunidenses também enviarão a nave, mas desta vez com uma carga convencional.
Além disso, existe outro projeto elaborado pela NASA e pelo Laboratório de Física Aplicada (APL, na sigla em inglês) da Universidade Johns Hopkins que prevê ações necessárias para divergir asteroides que sejam grandes demais para serem destruídos. Trata-se do Teste de Reorientação de Asteroides Duplos (DART, Double Asteroid Redirection Test).
O DART será a primeira missão da NASA que prevê o ataque contra um asteroide para mudar a trajetória de seu voo.