Segundo afirma o especialista Mikhail Zhirohov no artigo publicado no jornal ucraniano Delovaya Stolitsa, trata-se do objeto 477, elaborado ainda na União Soviética, que é também conhecido como Molot ou Bokser. O desenvolvimento do projeto, que deveria incluir um canhão de 152 milímetros, visores térmicos e toda uma série de mecanismos eletrônicos, foi iniciado nos anos 80 na cidade de Kharkov.
Em meados dos anos 90, o Ministério da Defesa da Rússia restabeleceu o programa, mas nos anos 2000 abandonou o projeto, pois decidiu concentrar esforços no desenvolvimento de seus próprios tanques. Assim, o projeto foi mais uma vez congelado.
No entanto, em 2015 os engenheiros da fábrica de Kharkov decidiram reanimar o programa.
"A produção em massa de um tanque com uma mira panorâmica multicanal e uma arma poderosa, capaz de atacar alvos tanto blindados como abertos a distâncias bastante grandes, faria com que [Ucrânia] obtivesse superioridade sobre qualquer inimigo convencional tanto no Ocidente, como no Oriente", sublinha.
Ao mesmo tempo, Zhirohov confessa que, em caso da produção em massa do blindado, a Ucrânia pode enfrentar uma série de problemas tecnológicos.
Parque industrial da URSS: o tanque Objeto 477 ou Molot, no fim de 1988. Tem um canhão de 155 milímetros e um sistema de controle de dados. É um elemento básico para criar um complexo blindado de reconhecimento e ataque, que poderá usar drones, helicópteros de apoio de fogo e um tanque de controle remoto.
Recentemente, durante a competição de biatlo de tanques Strong Europe Tank Challenge, organizada pela OTAN, um militar ucraniano queixou-se do estado técnico dos novíssimos tanques ucranianos T-84 Oplot. Em suas palavras, os blindados ficaram inoperacionais logo no primeiro dia.