Navios de guerra, aviões, tanques... Conheça os 5 projetos militares mais caros

No mundo gasta-se anualmente uma grande quantia de dinheiro para a produção de novas armas. Os EUA são os protagonistas nesse segmento: seus gastos superam o orçamento nacional de alguns países.
Sputnik

Porta-aviões 'de ouro' 

O detentor do recorde mundial em construção naval é o porta-aviões norte-americano USS Gerald R. Ford. Sua construção e testes já custaram cerca de US$ 13 bilhões (R$ 49 bilhões) aos cofres dos EUA.

O porta-aviões norte-americano USS Gerald R. Ford

O USS Gerald R. Ford é o porta-aviões mais avançado no mundo. Ele está equipado com dois reatores nucleares e um avançado sistema de radar Dual Band Radar. O navio porta duas esquadrilhas de caças F-35C e F/A-18E/F Super Hornet, aeronaves de guerra eletrônica EA-18G Growler e aeronaves de transporte C-2 Greyhound. Além disso, é possível estacionar mais oito helicópteros MH-60S Seahawk a bordo.

O arsenal do porta-aviões inclui mísseis RIM-162 ESSM e sistemas de artilharia Phalanx e RAM. Os desenvolvedores o descrevem como uma plataforma universal adequada para acomodar todos os tipos de armas avançadas, inclusive lasers de combate.

Cruzador modernizado e mais caro

A Índia também se preocupou com a criação de sua própria frota de porta-aviões. Em 2013, a empresa russa de construção naval Sevmash finalizou uma profunda modernização do cruzador porta-aviões Admiral Gorshkov, que depois foi entregue à Marinha da Índia.

INS Vikramaditya da Marinha da Índia

Assinado em 2004, o contrato é o maior na história da cooperação técnica e militar entre a Rússia e a Índia. Acreditava-se que a modernização do cruzador russo custaria para o país cliente mais ou menos US$ 750 milhões (R$ 2,8 bilhões). Pelo mesmo valor a Rússia devia fornecer à Índia três dezenas de caças MiG-29K. No entanto, devido ao aumento do volume de trabalhos, o custo do porta-aviões modificado, denominado agora Vikramaditya, subiu para US$ 2,3 bilhões (R$ 8,7 bilhões).

O cruzador recebeu novos equipamentos de rádio e eletrônicos, sistemas de navegação, armamento, convés de voo modernizado e uma rampa para decolagem de caças. O Vikramaditya porta a bordo 30 aeronaves e helicópteros. Está previsto que o navio modificado tenha uma vida útil de 40 anos.

Tanque demasiado 'eletrônico'

Também são necessárias grandes despesas para equipar o exército com tecnologia terrestre moderna. Nesse sentido, um dos tanques mais caros do mundo é o francês AMX-56 Leclerc – o custo unitário chega a US$ 9 milhões (R$ 34 milhões). Este veículo blindado foi adotado em serviço em 1992. O projeto contou com a experiência norte-americana. Os franceses queriam criar um tanque tão poderoso e bem protegido como o Abrams, mas mais leve.

Tanques Leclerc em parada no Dia da Bastilha, na Champs-Elysees, em Paris, França

No total, o exército recebeu 400 desses veículos blindados. O custo dos tanques Leclerc foi de cerca de US$ 36 bilhões (R$ 136 bilhões), excluindo os custos de manutenção e modernização.

O Leclerc tem um armamento simples e sem sofisticação – um canhão de 120 milímetros e duas metralhadoras de 12,7 mm e 7,62 mm. Mas está completamente recheado de  dispositivos eletrônicos – muitas operações podem ser realizadas automaticamente. Essa foi a principal razão para os custos serem elevados.

Uma aeronave pelo preço de um navio

O bombardeiro furtivo B-2 Spirit é diferente de seus concorrentes não apenas por seus sistemas de proteção avançados, mas também pelo alto custo indecente – mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,7 bilhões) cada. E isso sem o equipamento. Aproximadamente o mesmo gastaram os Estados Unidos na construção de um cruzador de mísseis da classe Ticonderoga.

B-2 Spirit norte-americano

Além disso, a operação e manutenção das aeronaves B-2 são caríssimas. Exemplo: para armazenar os aviões "invisíveis" é preciso manter um microclima constante em hangares especiais. Em condições normais, o revestimento especial de absorção de ondas de rádio da aeronave pode perder suas propriedades.

No entanto, apesar da eficácia em combate prática e teórica do B-2 Spirit, o Pentágono planeja descartá-los até 2030. Suas funções serão assumidas pelos bombardeiros estratégicos B-52 Stratofortress.

Investindo no Apocalipse

Por que agora Estados Unidos não podem levar armas ao espaço?
Atualmente, a arma nuclear mais cara é considerada a nova bomba nuclear norte-americana B61-12, que é a próxima versão da bomba B61 existente no arsenal dos EUA já desde 1963.

O custo total do programa de melhoria de cerca de 500 munições nucleares obsoletas ultrapassa os US$ 11 bilhões (R$ 42 bilhões). Assim, o preço de cada nova bomba B61-12 é de quase US$ 23 milhões (R$ 87 milhões).

Depois da modernização, a B61-12 será muito mais precisa do que suas antecessoras. Ela será equipada com uma nova empenagem e um sistema de orientação inercial. Além disso, a munição será equipada com um motor de marcha, e a bomba poderá planar até um determinado ponto à distância de vários quilômetros. Antes disso, ela era lançada de paraquedas, de modo que a aeronave transportadora tivesse tempo de se afastar do epicentro da explosão.

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