O acordo foi assinado neste último domingo (24) pelo ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, com organizações conservacionistas da Bélgica (Pairi Daiza Foundation) e da Alemanha (Association for the Conservation of Threatened Parrots), durante uma reunião na Bélgica, local onde se encontram quatro das 158 ararinhas-azuis existentes no planeta, todas elas em cativeiro.
A Sputnik Brasil entrou em contato com David Zee, engenheiro florestal, ambientalista e professor da UERJ, que comemorou a decisão.
"É uma ação muito educativa para a sociedade brasileira e sociedade mundial, hoje o homem entendeu que a sobrevivência do homem depende também da sobrevivência conjunta e paralela do meio ambiente, a ararinha azul é um símbolo de como o meio ambiente foi prejudicado nos últimos anos em termos de ocupação", afirmou.
"Esse processo de soltura tem que ser gradual, elas precisam se aclimatar ao Brasil e pouco a pouco elas podem ir sendo soltas nessa área de proteção ambiental", disse David Zee.
As 50 aves que vão voltar ao Brasil estão sob guarda da Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP), uma associação privada que hoje mantém 90% das ararinhas-azuis em cativeiro do mundo.
"Essa participação conjunta é muito importante para que os povos entendam que cada um tenha que dar o seu melhor para que a gente mantenha a natureza viva e que a natureza viva representa a sobrevivência dos povos no planeta", concluiu.