"Não há acordo sobre esta questão", mas "há um pedido relevante que está sendo considerado", disse Klelia Vassiliou, porta-voz do governo do Chipre aos repórteres.
Segundo a mídia israelense, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, fez a proposta durante uma visita na semana passada. Segundo o plano, um píer especial seria construído para navios de carga que transportassem mercadorias com destino à Faixa de Gaza, a cerca de 400 km do Chipre.
"Eles seriam checados com a ajuda de um mecanismo de monitoramento israelense para garantir que nenhuma arma fosse contrabandeada" para Gaza, controlada pelo movimento islâmico Hamas, informou o jornal Jerusalem Post, que acrescenta que a carga seria evnaida para Gaza diretamente por balsas, visto que o enclave não tem portos grandes o suficiente para o acoplamento de navios de carga.
"O ministro da Defesa e o setor de segurança, junto com elementos da comunidade internacional, estão liderando muitas iniciativas destinadas a mudar a realidade da Faixa de Gaza", disse à AFP um porta-voz de seu gabinete.
"Qualquer ideia apresentada para melhorar a situação humanitária teria como condição resolver a questão dos presos (israelenses mantidos em Gaza) e MIAs", afirmou, acrescentando que mais detalhes não poderiam ser dados. A sigla em inglês, MIAs significa Missing in Action, em referência aos soldados desaparecidos em ação de combate.
Israel controla duas passagens terrestres em Gaza e o Egito controla uma terceira. A passagem de Rafah na fronteira egípcia é muitas vezes fechada, e não é projetada para a passagem de carga, já que a maioria dos bens comerciais e humanitários entram em Gaza através do posto de Kerem Shalom, com Israel.
As mercadorias e produtos que chegam de navio viajam de caminhão dos portos israelenses até a Faixa.
A comunidade internacional criticou duramente as restrições, incluindo restrições de segurança que Israel impôs a Gaza desde que o Hamas assumiu o controle do território em 2007.