Parlamentar da Ucrânia revela como reconquistar respeito da Rússia

Moscou não leva os interesses de Kiev em consideração, para mudar a situação, a Ucrânia precisa de um renascimento econômico, acredita um parlamentar ucraniano.
Sputnik

O deputado da Suprema Rada (Parlamento da Ucrânia), Viktor Bondar, propôs alteração da "tonalidade" das negociações com a Rússia, deixando de lado o diálogo ameaçador. Segundo destacou o político ao canal 112 Ukraina, é vital alcançar o renascimento econômico do país que, em sua opinião, é possível através de empréstimos.

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"Abram aqui [na Ucrânia] dois ou três maiores bancos norte-americanos ou europeus. Deixem um suspiro na indústria, emitam empréstimos baratos para 15 anos", declarou.

Além disso, o parlamentar afirmou que se em três ou quatro anos a Ucrânia atingir progresso radical na economia, a Rússia verá que a situação melhorou: aqui há infraestrutura, aparecem fábricas. Tudo isso será resposta para a Rússia, o sinal de que "a Ucrânia escolheu o caminho certo".

Por isso, sublinhou que não vale a pena guerrear diariamente, seria mais sensato nos tornarmos "ricos e fortes" através da economia. Nesse caso, todos os países vão "levar os nossos interesses em consideração", concluiu.

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As relações entre Moscou e Kiev foram fragilizadas em 2014, quando em abril as autoridades ucranianas iniciaram no sudeste do país uma operação militar contra as repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk, que autoproclamaram independência. Vários países ocidentais introduziram sanções contra Moscou, que reconheceu independência das repúblicas, acusando-a de interferência no conflito em Donbass.

Enquanto isso, políticos ucranianos qualificaram repetidamente a Rússia como "país inimigo". Entretanto, Moscou vem desmentindo todas as acusações, frisando que não se envolve no conflito interno ucraniano.

O conflito também se agravou quando a Crimeia se separou da Ucrânia e se reintegrou à Rússia na primavera de 2014. Mais de 97% dos residentes da península votaram a favor da reunificação em um referendo. No entanto, Kiev ainda considera a península como território ucraniano.

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