Professores argentinos param contra repressão das manifestações pelo governo

Os professores argentinos anunciaram a realização de uma greve nacional na próxima terça-feira para protestar contra repressão do governo contra as manifestações de educadores nas províncias de Chubut e Corrientes, disse à Sputnik o diretor de Imprensa da Confederação dos Trabalhadores da Educação (Ctera), Alejo Demichelis.
Sputnik

"O limite da CTERA é a repressão. Por isso fazemos a greve nacional com mobilização até o Ministério da Educação, no dia 3 de julho, à qual também se aliou a União Argentina de Professores Particulares (Sadop). O presidente Mauricio Macri e o ministro da Educação (Alejandro Finocchiaro) são responsáveis pela educação argentina", disse Demichelis à agência.

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Em 26 de junho, os professores de Chubut tinham sido convocados pelo governo para discutir um acordo coletivo sobre aumentos salariais e outras questões relacionadas às condições de investimento na educação, quando foram duramente reprimidos pela polícia às portas da sede do governo da província.

Os trabalhadores da educação de Chubut protestam há mais de um mês, pedindo aumento salarial.

De acordo com Demichelis, em 25 de junho professores da província de Corrientes também foram vítimas da polícia local durante manifestação em frente à casa do governo.

"O limite para CTERA é a repressão. A falta de resposta às justas exigências salariais dos professores não pode ser resolvida pela repressão".

Demichelis disse que o atual Ministério da Educação "é um ministério sem escola, sem compromisso, sem diálogo, que encerra programas e demite".

O sindicato argumenta, ainda, que "o plano econômico e social do governo agora está enquadrado nas políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), e não funciona sem repressão. Existe um grande conflito social, com salários que não bastam, com demissões em massa, com fechamento de pequenas e médias empresas. Isso está relacionado a um ajuste brutal dos salários".

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