Conta vai chegar: sanções ao Irã elevarão barril do petróleo a US$ 90, diz banco dos EUA

A interrupção do fornecimento de petróleo bruto do Irã, como resultado das sanções dos Estados Unidos, pode elevar os preços do petróleo para US$ 90 o barril, segundo analistas do banco estadunidense Merrill Lynch.
Sputnik

A dura posição de Washington contra a República Islâmica, juntamente com os declínios nos estoques dos EUA, já elevou os preços do petróleo ao nível mais alto desde 2014. O referencial West Texas Intermediate (WTI) saltou para US$ 73,37 por barril na sexta-feira, enquanto o petróleo bruto futuro Brent foi negociado a US$ 78,83.

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"Estamos em um ambiente de preço de petróleo muito atraente e nossa visão de casa é que o petróleo atingirá US$ 90 até o final do segundo trimestre do ano que vem", disse à rede CNBC Hootan Yazhari, chefe de pesquisa de mercado de mercados de fronteira da instituição financeira.

"Estamos nos movendo para um ambiente no qual as interrupções no fornecimento são visíveis em todo o mundo e, claro, o presidente Trump tem sido bastante ativo na tentativa de isolar o Irã e conseguir que aliados dos EUA não comprem petróleo do Irã", acrescentou.

No início desta semana, Washington exigiu que seus aliados cortassem todas as importações de petróleo do Irã a partir de novembro, sem isenções esperadas. Um alto funcionário do Departamento de Estado se comprometeu a pressionar os países a pararem de financiar a República Islâmica. A posição linha dura faz parte de uma agenda mais ampla estabelecida pelo governo dos EUA para cortar Teerã da economia global e da arena política mundial.

No entanto, a maioria dos principais importadores de petróleo e petroquímica iranianos não tomou conhecimento da política quase unilateral dos EUA em relação ao país. Na quinta-feira, o secretário-geral de cooperação internacional do Ministério de Petróleo da Índia, Sunjay Sudhir, disse que a Índia não reconhece sanções unilaterais e preservará seu direito de ignorar a demanda de Washington.

O ministro da Economia da Turquia, Nihat Zeybekci, também rejeitou a exigência dos EUA, dizendo que Ancara continuaria comprando petróleo iraniano, perseguindo os interesses turcos.

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Os desenvolvimentos mais recentes ocorreram pouco depois que membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e países não-OPEP, liderados pela Rússia, anunciaram planos para aumentar a produção de petróleo bruto. O cartel com seus aliados está buscando regulamentar o mercado de petróleo depois de uma recuperação de mais de 40% no último ano.

O passo foi dado em meio a preocupações crescentes de que os futuros do petróleo subissem o suficiente para reduzir a demanda global devido à redução da produção na Venezuela, às perturbações nos suprimentos do Irã e ao declínio da produção em todo o mundo.

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