Em entrevista à Sputnik Brasil, Jair comentou que o primeiro o problema que levanta suspeitas é o impedimento da Caixa de participar do leilão.
Ele destaca que "na proposta para a nova loteria, você só distribúi 15% do valor arrecadado".
Jair Pedro também questiona por que o governo tirou da Caixa o poder de participar do processo, pois, segundo ele, quando a lei foi criada, a Caixa participaria, "tendo parte ou coordenando o processo, até porque ela tem toda a tecnologia e ela executa todas as outras loterias sem nenhum problema, com toda a transparência possível, toda a segurança possível".
"O segundo problema, que é o pior, é que você começa a privatização. Uma vez que você vende e vem o investidor de fora, você certamente mais na frente vai entregar as outras [loterias], porque esse é o grande objetivo das empresas que trabalham com loteria no mundo", argumentou o presidente da FENAE.
Jair Pedro destacou que a Caixa é uma empresa pública 100% do Estado, portanto não precisa trabalhar com margem de lucro dos acionistas, pois o acionista é o próprio Estado, "então qualquer rentabilidade que se tem, você acaba repassando ao Tesouro, e isso pra gente é fundamental".
Ele frisou que com a venda Lotex, o lucro com a transação certamente seria da empresa que vem de fora.
"A nossa defesa de que a Caixa pode explorar ou no mínimo tem que participar, primeiro que dá segurança e transparência e o Estado brasileiro que faça esse controle", completou.
No Brasil esse mercado gira em torno de 3 ou 4 bilhões de dólares ao ano. O período de concessão para a exploração das loterias será de 15 a 25 anos.