China vai enviar bombardeiros para exercícios militares na Rússia

A força aérea da China enviará bombardeiros estratégicos, aviões de combate e aviões de transporte para a Rússia em julho, enquanto o país tenta desenvolver laços de defesa mais fortes com diversos governos estrangeiros - neste caso, Moscou.
Sputnik

Os chineses Xian H-6K, que patrulham o Mar da China e o Estreito de Taiwan, participarão dos Jogos Internacionais do Exército em 28 de julho no sul da Rússia e partes do Cáucaso pela primeira vez, segundo um porta-voz da força aérea. A China se juntará à Rússia, Bielorrússia, Azerbaijão, Cazaquistão, Armênia e Irã nos jogos de guerra.

Yue Gang, um coronel aposentado do ELP, disse ao South China Morning Post que o objetivo da China é determinar os pontos fortes e fracos do bombardeiro. "É realmente difícil saber qual é o tamanho da diferença entre a aeronave chinesa e as usadas pelas forças aéreas estrangeiras sem participar de exercícios no exterior como este", disse Yue, acrescentando que a China terá a chance de testá-la contra os "bombardeiros avançados" da Rússia.

O bombardeiro é equipado com mísseis de cruzeiro com um alcance de quase 1.000 milhas e tem um alcance de combate de mais de 2.000 milhas. Foi desenvolvido a partir de um avião originalmente produzido na Rússia: o Tu-16 Badger, que a União Soviética licenciou para a China em 1958.

Depois que os bombardeiros B-52 da Força Aérea dos EUA sobrevoaram o Mar da China Meridional no final de abril, Pequim realizou testes de decolagem e aterrissagem com os H-6Ks na área no mês seguinte, uma medida que Washington condenou por ter potencial para "aumentar as tensões" e desestabilizar a região.

Comentar