Analista revela 'aposta falha' de Israel no sul da Síria

O avanço do exército sírio surpreendeu Israel, visto que os israelenses tiveram seus planos fracassados quanto à criação de uma zona tampão perto das Colinas de Golã, segundo um cientista político libanês, que acredita que Tel Aviv não desistirá de criá-la e provavelmente aumentará pressão contra Damasco.
Sputnik

"Nos últimos anos, Israel apoiava os combatentes da oposição armada síria, dando uma atenção especial a unidades que operam ao longo da fronteira das Colinas de Golã, ocupadas por Tel Aviv", explicou à Sputnik Árabe o cientista político Nidal al Sabaa.

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De acordo com ele, os israelenses procuraram criar uma zona intermediária para evitar contato direto com os exércitos libanês e sírio.

Para que isso seja alcançado, Israel convidou inúmeras vezes representantes da oposição síria para várias conferências e reuniões trilaterais com a participação dos Estados Unidos, levadas a cabo na embaixada norte-americana na Jordânia. 

Como resultado, vários políticos dentro da Síria foram promotores dos interesses israelenses, apontou o cientista político.

"Mas os moradores da [província síria de] Daraa sempre procuraram restaurar o poder legítimo de Damasco para não serem peões da política de Israel", enfatizou.

Agora, como o exército sírio passou a reestabelecer o controle sobre a fronteira perto da Jordânia, praticamente livrando a província de Daraa dos terroristas, existe um risco de Damasco levantar questão sobre as Colinas de Golã, reconhecidas internacionalmente como território sírio ocupado por Israel.

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Sendo assim, Tel Aviv "vai impedir de todas as formas a locomoção do exército sírio ao sul do país", enfatizou Al Sabaa. 

No dia 10 de julho, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, advertiu que "cada soldado sírio", que entrar na zona desmilitarizada entre os dois países, colocará sua vida em perigo.

Em comparação, no norte da Síria, segundo o analista, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pode garantir a estabilidade na fronteira com a Turquia, impedindo o surgimento de uma zona autônoma curda "que poderia dificultar ainda mais a situação no país".

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