Relatório: no bombardeio da Líbia OTAN usou munições com urânio empobrecido

Conforme um relatório de físicos nucleares líbios, entregue ao governo de acordo nacional em Trípoli, no decorrer dos bombardeamentos na Líbia em 2011 a OTAN usou armas com urânio empobrecido.
Sputnik

Segundo declarou à Sputnik o conselheiro do Comitê Líbio para o Meio-Ambiente e Comitê para Energia Atômica, Nuri al-Druki, "o relatório oficial, que prova o uso pela coalizão de munições com urânio empobrecido, foi entregue ao governo na quinta-feira [12]".

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"Realizamos o estudo em uma das sedes do exército líbio que foi bombardeada pela OTAN. Lá foram detectados locais com um alto nível de radiação. Ao fazer medições precisas, revelamos que essa radioatividade é fruto do uso pela OTAN de mísseis com urânio empobrecido", ressaltou o conselheiro.

Ele disse que, junto com os seus colegas, pretende se dirigir à Agência Internacional da Energia Atômica e outras organizações internacionais para pedir ajuda na realização de estudos detalhados da existência de urânio empobrecido também em outras regiões da Líbia que foram bombardeadas pela coalizão ocidental.

O urânio natural consiste de isótopos, o principal dos quais é o U-238, ele também contém o isótopo U-235. O urânio que resta depois de separação do isótopo U-235 do minério de urânio se chama de empobrecido. Usam-no também na medicina e indústria militar. Existem evidências da capacidade deste resíduo da produção nuclear causar câncer e outras doenças graves.

A operação militar contra o governo de Muammar Kadhafi, conduzida pela OTAN em 2011, levou à guerra civil e dividiu o país em três partes com governos diferentes e vários grupos de militantes.

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